domingo, 7 de dezembro de 2014

A velha história de civilização


Pensamentos bolas que quicam cabisbaixo de olho no próprio rabo escutando o barulho festivo do vizinho sem educação ouço as teclas afundadas por leve pressão me pergunto na imagem o que era mesmo que querias fazer de ti meu moleque sem pai e bolas de vitrine coloridas nada respondem sem país sem vergonha medo de medo proteção além de qualquer razão super cuidados ao escrever um dos mentirosos que parecem dentro respondem correndo querendo encobrir o grito de outros que ainda não se manifestaram aparentemente ausentes em um canto pensam ter mais tempo o discurso se sobressai à canção algo como mexe mexe mexe e uns ais depois volta aos boleros de cabarés sinistra festa véi provavelmente se lá eu estivesse escolhia um canto e uma pessoa ou um grupo pra alugar falar filtrar sempre com filtros fotografei nunca o olho totalmente limpo e direto cortinas persianas ventanas vitrôs cílios pálpebras cubas da água do reflexo disto naquilo daquilo nisto letras sentimentos interação parecem dizer foda-se quem quer dormir para o diabo com o silêncio do condomínio e o síndico que vá pro inferno ou somos amigos dos que dão as cartas agora virou balada pesada com energéticos álcool e substâncias experimentais de laboratórios indianos jogo de luzes bacobacobalacobaco falação euforia gratuita alguém pediu pra meter Raul vomitem vomitem meus vizinhos do coração só não caíam de cá que esqueci de colocar a ração despedidas de repartições encontros saudosistas periódicos anuais mas ainda me tiram o sono ao verbo aporrinhar me aporrinham agora viraram sertanojos aumentaram o volume parece na casa ao lado mas sei que estão no mínimo à três casas daqui 2:07 da matina pegaram o microfone virou cara o quê? Sei lá!
            

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