segunda-feira, 6 de julho de 2009

Notícias não bastam

A carta que você começa ler não tem um destinatário por isto não leva muito em conta a sua presença o assunto alguém já disse que puxa a palavra mas tenho dúvidas até porque não sei se emendado ou junto acentuado ou separado não manda recados aos de lá quanto aos de cá já cansaram das mensagens cifradas portanto não lerão o ritmo é o mesmo de um jacto de vómito incontrolável daqueles que explodem na cara de quem você jamais vomitaria os adereços de estilo não são mais que trocas daquilo que se oferece e aquilo que se pode dar vamos às saudades estas deusas portuguesas que fazem com que queiramos a repetição do bem prazer em tornar a ver nostalgia de cheiro gosto tacto audição e suas variações nas escalas dos relacionamentos esqueci algum sentido aquele que interroga sem nenhum sinal paladar recesso pra lamentar viagem da capa ao lado ou da foto que não era para a capa chicobuarcando as letras que são poéticas sim mesmo quando forçam a palavra a entrar na jaula da música e o jeito de fazer pode não estar no manual de construção a carta cansa de ser carta quando existe receitas de cartas corretas formatos padrões e pergunta apenas o que estava pensando antes de abri-la e depois de lida o que pensas agora chegou em boa hora te lembrou alguma coisa te fez esquecer outras e com que carinho especial você bebeu cada palavra repetida como qualquer copo d'água não sei mesmo escrever cartas pois elas nunca encurtaram a distância do eu do você.

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