sexta-feira, 24 de julho de 2009

23:30 salto dois canais, e nada

os escritores nas rodas de televisão ainda falando dos seus empregos que literatura não dá dinheiro dos meus ruídos de que escrevem por encomenda até pro diabo e de suas fraquezas literárias enquanto interpretações cinematograficas dos filmes b e seus começos aquele mesmo erro quando pensam que salgado foi o primeiro a trabalhar com a miséria humana além do apelo social e esta história de que o mundo vai acabar um detesta espetáculos outro dá o espetáculo e o intermediador descolado com resenha na mão dá os motes pra galera a mocinha faz entrevista com o estrangeiro que dá bandeira quando faz a confusão entre as cores dos táxis amarelos de lá com as laranjas de cá e ainda pensa que sua mulher arrancou um bandeira um manoel de barros flip flip posso me sentar prum bate bola a minha campanha não tem uma equipe por trás alias por falar em ruído não me lembro mais em que campanha desastrosa me meti na última vez o cara ainda preocupado em agradar e dizendo que não escreve para agradar os nossos viajantes literários caixeiros destes tempos que são também interessantes para uma composição do cenário abri um pau brasil ontem junto com o meu francês do ceara e vi a serra cantar a máquina fazer fumaça e perfume embriagador da madeira vermelha este sim um falar de índio a tribo índio sem motor é claro apenas o corte o pó vermelho escuro a tinta a cor do pau os nós as marcas de ferros a casa de formigas tela colmeia com o saibro do solar fiquei emocionado me senti parte de todo aquele resto de cerne que serviu de cerca divisa de território quando ninguém o escolheu para ser instrumento musical entre linhas letras qualquer coisa café literário por favor mais uma dose aqui pro ti ti.

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