domingo, 3 de maio de 2009

Agora Ser Veja, Isto É:


Antes senta na palavra e voa o palavrear
nesta na tese do signo um touro mina cansanção não é sabiá limpa a garganta n'outro monte meu cérebro é pressionado por conversas alheias a cachorra come pedaços da minha cadeira de vinil azul o marceneiro fala de cola de fórmica bate latinhas de skol à vossa saúde
tipos Pilsen, beats, chape claro e escuro.
Mas minha abunda ainda senta bem na velha cadeira de pernas finas com encosto macio comprei duas no prego de sebo antiquário brecha garagem salde uma preta outra azul estou falando de mesmo minhas mesmas coisas lesmas nas suas velocidades vespas do verso do baralho encarto dou carta embaralho sobre a seda algodão doce das bandas ligas seguram meias transparentes na cor da pele minhas pintas de sol as outras naturais tacteio uma tatuagem de puxar palavras por palavras de miradas antónimas de um anonimato provocado por bestas locais.
Têgos ou Pêgas estão dentro da cerca viva de ficus, despeço-me do marceneiro pedindo para ele não espantar meu passarinho, venham me visitar sem uma segunda intenção sem convites comentem no meu diário aberto sem nenhum modelo interessante ateliê oficina do que rolar todo o trâmite do transeunte inconstante-constante só que ainda não a próxima safra talvez apenas barris de ébano em construção para conter o vinho amargo que cura fígado-prometeu sem promessa de transcendental.


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