terça-feira, 19 de maio de 2009

Manuscrito fora da garrafa nunca encontrado

Um dia não sei se quero saber qual resolvi escrever sem saber era como se já soubesse que ninguém sabe todas as regras os métodos eles andam por aí não precisamos ir atrás deles como as notícias de hoje quem precisa ler ou ver jornal todos respiram jornal andam jornal falam jornal estava determinado a contar desde os primeiros gibis fiz tiras cinematográficas com luz de vela escondi nas cavernas de cobertas em cima da cama cavei a terra cidades subterrâneas escalei serras pedras criei o romance com os formatos telenovelas foto novelas livrescas aventuras sempre sentado na cadeira de lona parda diretor fui diretor o tempo todo repetindo palavras olhando imagens sabendo que querem mais um herói doméstico dava mijadas nas camas cachaçadas nos bares perdia o jogo ganho deixo o dente cair apodrecer fico feio sem educação me escondo de todos vocês tanto aqui como por aí sem rótulos sem elogios sem papinhas nas costas e as mesmas piadas as mesmas vantagens vigoram sem graça desgraçado todos podem ver os meus defeitos falem digam pensem esquivem broto palavras análogas de outras combinações longe da estética que esperam pulo o muro sair de cena sempre foi meu melhor ato vão todos enquanto podem juntos vou também sabem para onde e como não preciso mandar vamos todos ou venham polir minhas pedras também tenho preguiça de lixar e jogo tinta

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