quinta-feira, 25 de setembro de 2008

pois heresia

minto, sei mentir: escrevo.
finto, sei fintar: falo.
rindo, rimando: escarro.
mentira a verdade estabelecida
norte de qualquer rota
rodopiar a mosca...
mentiu seu último ar.
fintou sua volta.
riu ser.
repetir jeitos, modo serpente, este rastejar o vidro na areia quente, tão inútil quanto forma, espaços do mesmo ir.
sibilaria dedos de poderes, imitando o mágico dos nós, limitar a rede antes do fim do tecido, limiar do fio rompido.
terno de duque com passear jardim, uma língua índio minimal, outra vertente destes córregos daqui.
os mantos verdes
sistema refrigerante
elementais da natureza

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

esfinge:finjo
madruga: falo
dia: solariso
mantra: minto.
resenho: nuvens
além: olhar
pó: poesia.
umbral: vida
portal: poema
além: zaratustra
fagulha: risco
faísca: alma


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brother, achei seu poema um blues rasgado.

abraço.