sábado, 19 de setembro de 2009

No trem, com kawabata.

Sou ainda muito emotivo com relação aos outros que ainda tomam partido nas minhas partidas aquele personagem do país das neves que no trem vê seu reflexo através da paisagem não me visita com muita frequência mas quando vem lhe trato muito bem com direito a serpentina um silêncio ainda vou exercitar vou ouvir mais os meus eus e deixá-los com suas conversas apenas um último aviso até agora eu não falei nada viu estava só experimentando personagens me envolvendo em retalhos dos outros assim falando pensamentos fui construindo a fala geral dos que não falam apenas gesticulam o gesto imposto aqueles discursos de arquibancadas os buchichos das cobertas afinal eles fazem questão de brincar de quem vai ganhar a brincadeira e um dos meus adoram perder pra ver até onde o outro sabe ganhar o quê. Chegam disputando dados comendo figuras rolando carroças tentando dar porco matando no tiro enquanto vejo um centro fraco preparo a gabuada deixo o castigo colado e a carambola do outro lado de bico sem rolar um dado se quer, queridos dados rolados caem de qualquer jeito temos é que manter os peões do centro guardar só a última carroça para as duas pontas fazer dama sem golpes e reservar a tacada final para o outro, sem furar o pano, por favor! Seu rei não é meu inimigo, eu não jogo gamão damas só quando não estou no xadrez dominó no bar sei empunhar o taco e traçar vectores com o olhar minha geometria espacial conta com o tempo...o amanhã e o ontem não me faz presente!

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