quinta-feira, 26 de julho de 2007

MEU AMIGO, JP SARTRE

Sartre (1905 - 1980)

A posição de Sartre ao afirmar que a existência precede a essência: "significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e só depois se define" O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz.

Sua preocupação é de que o homem, diante de suas inúmeras escolhas assuma a responsabilidade de uma opção. Para Sartre o existencialismo é uma doutrina que torna a vida humana possível, por outro lado declara que toda a verdade e toda a ação implicam um meio e uma subjetividade humana, o homem existe, se descobre, surge no mundo e só depois se define, ou seja, não é mais do que faz.

Idéia ( essência ) => ( ação/ criação) => existência real do objeto.

Essa responsabilidade é que gera a angústia, pois cada indivíduo está pronto a escolher tanto a si como a humanidade, não escapa a essa situação.

O princípio de Sartre é a não existência de Deus, o homem não tem ao que se apegar. Somos livres, sós e sem desculpas.

Uma vez não tendo essência, a liberdade deve-se fazer, se criar. A consciência se lança no futuro se distanciando do passado.

Sartre considera que o materialismo aniquila o homem.

O ponto de partida do existencialismo sartriano é a subjetividade. Na subjetividade existencial, porém, o homem não atinge apenas a si mesmo, mas também aos outros, como condição de sua existência.

Não há natureza, mas condição humana.

O homem é sempre "situado e datado", embora o conteúdo de sua situação varie no tempo e no espaço. O homem não é um "em si" ele é um "para si", que a rigor não é nada. A consciência não tem conteúdo e, portanto, não é coisa alguma. Esse vazio é a liberdade fundamental do "para si". É a liberdade, movendo-se através das possibilidades, que poderá criar-lhe um conteúdo. Eis o que o homem, ao experimentar essa liberdade, ao sentir-se como um vazio, experimenta a angústia da escolha. Muitas pessoas não suportam essa angústia, fogem dela aninhando-se na má-fé.

A má-fé é a atitude característica do homem que finge escolher, sem na verdade escolher. Imagina que seu destino está traçado, que os valores são dados; aceitando as verdades exteriores, "mente para si mesmo", que é o autor dos seus próprios atos. Nesse processo recusa a dimensão do "para si", torna-se um "em si", semelhante as coisas. Perde a transcendência, reduz-se a facticidade.

Sartre chama esse comportamento de espírito de seriedade. O homem sério é aquele que recusa a sua liberdade para viver o conformismo e a respeitabilidade da ordem estabelecida e da tradição.

O indivíduo, enquanto tal, naquilo que apresenta de particular, é o objeto de percepção sensível e não de apreensão intelectual.

Conclui-se que o existencialismo é uma moral da ação, porque considera que a única coisa que define o homem é o seu ato. Ato livre por excelência, mesmo que o homem esteja sempre situado num determinado tempo e lugar. Não importa o que as circunstâncias fazem do homem, "mas o que ele faz do que fizeram dele" (Sartre, "O existencialismo é um humanismo").

Bibliografia:

ARANHA, Maria Lúcia A., MARTINS, Maria H.P. Temas de filosofia.São Paulo: moderna,1992.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 1997


Sartre (1905 - 1980)

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