sábado, 26 de julho de 2025

Ave-de-óculos


 A MPB era palavra de ordem onde comparávamos...

O verbo um exercício para casa...

A canelada um ovo de passarinho...

O sanatório um romance histórico...

A atitude de não poder mais enfiar o dedo...

O respeito pelos bêbados equilibristas de circos...

A moralidade medonha imposta em duras penas...

O espetáculo elogio bardo verve envolve pereba...

A estação de trem paulistana de luxo rumo ao rio...

O alarido constante da falação pública nos ouvidos...

A diagramação pernambucana do artesão de livros...

O cem números de dizer um único significado fim...

A matemática do quero ir pra fora se recolhendo...

O de dentro fica de fora nega o passado teatro...

A luz de segurança do segurança da câmara...

O flash do fardo chapado do lambe-lambe...

A saia rodada barraca pra um olhar escuro...

O justo calibre sem estragar as raias giro...

Atiro dispara e para no cano explode...

Otário ama Otávio cama pavio curta...

Assassino toca sino oca pino granada.



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