quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mais um palanquim de aroeira?


As palavras começam me obedecendo, as vezes fora do abc além de seus signos de convenção, ouso parti-las à belo prazer, misturam-se ao som ambiente, ecoam em sirenes e alarmes, vagam nos melodramas sociais, escapam em lombos de traças de academias, serpenteiam malabaris de experiências técnicas, virgulam fora da ordem.
Este malabarismo me diverte desde sempre, venho de uma família de contadores de Histórias, ouço da barriga de mamãe do selim de papai, as mais fabulosas narrativas absurdas novelas contos crônicas poesias poemas haicais anedotas, peças teatrais da cuxia da cozinha do teatro, que chamamos de vida.
Então, meios, inícios e fins. Acontecem de acordo com o contador, que apesar de nunca ter encontrado a puta chamada economia brasileira, sabe que ela é moça de família, e um dia vai acabar estando em uma sala ampla e arejada de luz, para o encontro marcado e furtado do Celso meu amigo e do Leonardo da Vinci, para fechar-mos o balanço final da falta de cultura do Brasil.
E, mesmo quando me enrolo com temas ambíguos, como este (CULTURA) ainda sei separar primitivismo, de vanguarda. Apesar de carregar poucos, sou a própria Van-Guarda transitando no centro nas periferias no interior dos universos que me impregnam até de gosmas não deglutíveis, coisas técnicas, coisas mortas, coisas dos outros, coisas saci, coisas pino chio, coisinhas de mesinhas de centro e objetos invisíveis. Não existe nenhuma exibição: é fácil me encontrar, estou com os galgos do ciclismo de corrida de longa distância, ou com os quadriculados enxadristas da fotografia, com professores pardais das instalações, com os ambulantes da trova de cordel, com a super Sancho pança Bizé ao meu lado deslizo bem por cortes e costuras; B&W, assim preconceitos ficam de fora da missa que vos prego.
Meu álbum de família vem das paredes egípcias: Sloughi das tendas árabes, aos arabescos das nossas favelas, de mão em mão, sem nenhum zelo, Whippet! Espirro para os mineiros com rapé da Filomena, e espero o: saúde! de volta.
Sou tecelão Rústico de qualquer Filosofia libertadora dos meus grilhões.

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

mano, devo se der certo ir sozinho. galera não vai mais. vou com pouca grana. vou te ligar antes. devo chegar no dia primeiro, preciso falar com vc e meu tio.

braços