sexta-feira, 10 de junho de 2022

Saudade do divã?


 Primeiro aqueles fios desconectados aos meus pés e aquela coisa feia apertando aquela merda de aula dada pra aprender amarrar os cadarços dos sapatos trabalho duro levei um bom tempo não me interessava sempre preferi os chinelos de dedo ou descalço era melhor pra certas brincadeiras como correr atrás de balão no meio da confusão amassar barro na beira do Tietê caçar pescar e o resto sapato considerávamos pra ir ao centro com vovó deixa pra lá não importa estávamos falando mesmo é sobre aprendizado forçado sem estímulo suficiente pra ser prazeroso da minha desatenção até desligar umas vezes atribuída a anemia vermes solitárias e olha que fui bem cuidado coitadas era outro mundo uma educação maior lhes faltavam ou os recursos eram parcos a carne de porco mal tratada o andar descalço os chiqueiros comuns ainda na grande São Paulo zona leste beira de rio fim da década de 50 pra meio de sessenta 70 todos desesperados e uma falação dos diabos por isto escapávamos mesmo sabendo que iríamos apanhar depois sem problemas taí outra palavra que levei tempo pra saber lidar um pouco melhor mas até hoje ainda falha problema cheguei a engolir o erre minha Diva ia a loucura que pena daria pra se divertir mais falando errado já que tudo era errado não comecei certo não começaram certo por mim ou tão pouco mantiveram um certo ou um errado sempre quis qualquer coisa por mais tempo não tudo morria tudo mudava separavam-se e éramos separados por eles nos deram deslocamentos partidas muitas vezes sem despedidas até corridos fomos de lagamar pra lagoa grande nas minas acredito que não era atrás de ouro...

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