segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Ateliê.

Ser artista pra ser falso igual qualquer coquete no meio social nunca me interessou fazendo de conta aqui e ali pra fazer as contas mostrando que esteve em todos os lugares com os ditos mais importantes catalogados por pseudos curadores pestiados com seus fusos horários trocados pelos cantos sonados trocando olhares desconfiados cansados exaustos de tantas vias alheias em trânsito zumbis meus panos tocando minhas superfícies explanando vertentes divergindo tendências galeristas tarados por grana e holofotes estrelas cadentes decadentes discursos partidários ainda perguntando vocês estão do lado dos judeus ou dos nazistas como se fosse possível perguntar mesmo depois de descaracterizados ambos os lados e ainda agora mais recente uma outra gosma de perfeitamente correto sem ter nenhuma relação com a razão do universo desnudamentos de fundamentos através da cópia do arquivo transformados em ícones de ocasião ao bem querer por bel-prazer como bem entendem à revelia se me permitem uma crase modista um dos quarenta e cinco diria hoje está na moda ser de qualquer jeito se é que uma geração qualquer pode selecionar o momento ou enquanto o poder pode num nicho qualquer não queridos prefiro ir atrás de uma bicicleta que ainda não andei pra rodar diferente mas sou igualzinho a vocês todos todos foram meus mestres e são ainda quando solicitados num texto qualquer mesmo aqueles que não nos esbarramos nem vimos sequer sabemos da existência a única e possível diferença é que sempre que acordo sei que vou ter que me polir mais se quiser brilhar pra mim mesmo diante do espelho...

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