quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Long Slow Distance

FINALMENTE ESTA MONTADA A EXPOSIÇÃO NA FOTOGALERIA DA CAMARA DOS DEPUTADOS 11 IMAGENS DA SERIE DEITANDO COM A CAMARA TIVE QUE MUDAR O TITULO POIS SIMPLISMENTE NÃO POSSO TER RELAÇÃO COM A MADAME CAMARA POIS ELA E MUITO VELHA POREM NADA COMO A ESTRADA NESTAS HORAS LONGA DISTANCIA LENTAMENTE O LSD QUE NÃO ME ALUCINA QUEM QUISER VER FICA EXPOSTO ATE DIA 25 DE JANEIRO ISTO SE AS CRIANÇAS NÃO VOLTAREM ATRAS SOMANDO COM A LIVRARIA CULTURA ATE O DIA 7 DE JANEIRO TERMINO BEM O ANO COMEÇANDO O 2007 NA VULA...ENTÃO É ISTO...

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

convite

hoje dia 4 de dezembro de 2006,as 20h abro exposição fotografica;DEITANDO COM A CAMARA,na livraria cultura.

domingo, 19 de novembro de 2006

nova póstagem

acentuo o o olho voce sem chapeu e deus te una ao capeta pois mesmo separado credito na sua caixa uma tira com desenhos crus na transparencia monocardica dos meus 48 passado a limpo cada pumctum um studium inserido na pele sem a diana ou a laica que foi pro espaço nos 60 agora prego rollei schneider nua com manteiga de leite nesta janela panoramica B&W fim...

sábado, 28 de outubro de 2006

ditado

to gostando de blogar ate o salomão esta acabo acostumando a postar as cobras os anus vão para os anais dos deputais e se continuo rimético passo tambem batom e escancaro a boca numa pedra ladeira abaixo giropemba e encaro o viuvo sem preconceito pode vir os gaieiros ou a rena com o papai noele uma castanha ao autor mais original do ano pode vir buscar aqui em casa sem marcar toca claro pois tenho uma gringa e sou capaz de picar um careta sem que ele perceba o inferno o diabolo separatanto quanto une.

Punctum

Punctum

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

teste @ teste

quando voltar a calma das caminhadas e do giro de 360 e não estiver mais me questionando quanto a criação visitarei os conhecidos em incertas por enquanto convido para o desafio literario da unisinos nas madrugadas chuvosas a casa aberta recebeu esta semana a visita de um casal polones daria e lukas me deixaram uma vodka e um bico de pena e levaram um paulinho tovar meus livros e um cão pastel hoje tem vagalume no salão nobre com cagiano espero não ingerir muitas besteiras pois estes eventos devem estar me deixando cada dia mais gordo hoje tambem encerra a vigilia da bianca no decimo andar do anexo quatro quem ainda não viu va ver que bocão e olhos abertos...

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

SEM TITULO

QUE PALAVRA LAVA RUA ESPANTA LARVA ESCONDE GAROA RASGA NOITE INTEIRA E DEIXA-SE ABANDONAR NO SONO PROFUNDO DO SOFA SOFISTICANDO ASSIM O ABANDONO FINAL ???

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Lançamento: Y Semiótico

Editora: Thesaurus
Local: Pátio Brasil Shopping - 25ª Feira do Livro de Brasília
Datas: 02 e 04 de setembro, de 10h às 13h; 07 de setembro, de 15h às 19h;

Artigo - Poiésis

Y SEMIÓTICO, de Robson Corrêa de Araújo

Escrito por Gerson Valle
Monday, 10 July 2006


A vivência do poeta, com suas amizades e preferências (artísticas, literárias, filosóficas...) está diretamente ligada ao cenário de Brasília. Na verdade, forma e conteúdo se interpenetram em tal grau, que as palavras soltas, arrumadas sem necessária sintaxe a lhes prender, dispostas umas sobre as outras, são como prédios, superquadras, parques, eixinhos e eixão de Brasília.

Tradicionalmente, apenas se dizia “à clef” a ficção em que o autor não revelava claramente as pessoas e situações narradas que ficavam por trás de seus personagens e narrações. Na Poesia, a distância do realismo e o fascínio pelas imagens não obrigatoriamente esclarecidas se fazem, de uma forma geral, por metáforas, metomínias, anacolutos, e outras figuras. No surrealismo criou-se até a “escrita automática”, que se compõe com a espontaneidade do inconsciente deixado escapar sem reflexão ou coordenação do seu significado. Tudo isto tornou-se preponderante em certas correntes da contemporaneidade poética. A ponto de já ninguém buscar uma obrigatória coerência racional no discurso da Poesia. Robson Corrêa de Araújo traz mais que isto em seus versos (Y Semiótico – Brasília, Ed. Independente, 2006). Ele acrescenta-lhes referências “à clef” como tradicionalmente eram empregadas na ficção. Há nomes de pessoas e lembranças de fatos que são do alcance de seus conhecidos ou familiares somente, e que não necessita esclarecer ao leitor. Sobretudo porque fica um subentendido da leitura percebido no enfoque, que não pede esclarecimento, por lidar com os signos despojados de sua carga dicionarista, ou enciclopedista se se preferir, voltados para a composição de um painel pontilhista, onde a visão de conjunto é que cria a expressão maior dentre os traços largados em seus detalhes. Estes são visivelmente significantes na composição integrada.
A relação com a visão é óbvia em uma tal técnica. A Poesia está em se perceber a forma, cores, disposições dos lugares, ambientações, todo o comportamento subjetivamente sugerido na referência “à clef”, como se fosse, efetivamente, não uma composição de palavras, mas de artes plásticas. Mesmo as pessoas e fatos passam a constituir imagens. E aí está a magia desses versos soltos, aparentemente desconexos e sem amarras, mas profundamente voltados à captação de uma vivência e de uma cidade.

A vivência do poeta, com suas amizades e preferências (artísticas, literárias, filosóficas...) está diretamente ligada ao cenário de Brasília. Na verdade, forma e conteúdo se interpenetram em tal grau, que as palavras soltas, arrumadas sem necessária sintaxe a lhes prender, dispostas umas sobre as outras, são como prédios, superquadras, parques, eixinhos e eixão de Brasília. Há mesmo um grande espaço onde se respira fora do urbanismo referencial nos poucos versos sempre curtos dos poemas contidíssimos. São como os jardins e canteiros entre as construções de cimento.

O paralelismo entre a Poesia das palavras esparsas com a concepção espaçosa de Brasília é acentuada no livro pelas fotografias que acompanham “pari passu” os poemas. Ao lado de cada poema há uma fotografia do alto de algum recanto de Brasília. Mais do que se fez, me parece, na Poesia Concreta, Robson compõe o visual de seu livro como indispensável à expressão de sua Arte. E isto porque não se trata de um ou outro poema apenas que se sobrepõe semanticamente à imagem (ou vice-versa). É o próprio objeto do livro que constitui o ”meio” e a “mensagem” como um todo. Seu formato quadrado e o preto e branco acentuam isto ainda mais, na relação de uma forma simétrica com a percepção neutralizada das imagens. Em si, retratações pueris que nos trazem o lirismo, Poesia pura “lato sensu”.

Somente como curiosidade, eu não poderia deixar de notar que num livro que publiquei em 1981 (edição independente de pouquíssimos exemplares, que nunca circulou em Brasília, e de que, certamente, Robson nunca ouviu falar), “Confetes de muitos carnavais”, há uma incrível coincidência com a visão do “Y Semiótico” no poema que abre o livro: brasília risca/ o crepúsculo/ em cúpulas/ para cima para baixo// e do alto fica/ quase sem ser cidade/ quando lago/ gramado/ rodovia/ super-quadra/ meio nobre/ esquisita/ como as letras Y ou W

A minha colocação da palavra “esquisita”, no entanto, refletia um pouco da estupefação do carioca que apenas passava por Brasília, sem nunca se fixar na cidade. Robson, ao contrário, demonstra no livro identidade e amor por ela, resultado da vivência própria e que, hoje, já conhecendo melhor Brasília, sinto até desejo de compartilhar. Só me resta mudar-me para lá. Mas, de qualquer forma a ligação de um “Y Semiótico” não só nos aproxima (na coincidência de uma letra como paradigma da cidade, um sentimento nele tão nítido) como evidencia, para mim, e para todos os seus leitores, o poeta a se revelar inteiro, corpo e alma, vôo por sobre a cidade amada.

Gerson Valle é membro do conselho editorial do Jornal Poiésis, autor de “Os souverirs da prostituta: a novela de Ipanema” (Catedral das Letras)

[Texto publicado na versão impressa de Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte, nº 124, julho de 2006, pág. 7]

sábado, 24 de junho de 2006

terça-feira, 20 de junho de 2006

Jeito

- Um dois três vinte
e o alfabeto teima
na página sem repetir
letra, completa método
ímpar fazendo brincar
xadrez zaragata:
Habilidoso gosto Jaez.

Cadela

- A Katrin sentou
esfinge olhou
beatitude não latiu.
Esperou morte chegar
sem reclamar
Unhas longas dobradas
para baixo,
despigmentando pouco a pouco
o tigrado galgo...

sexta-feira, 16 de junho de 2006

Zarabatana

Aquela folha que daqui foi arrancada ainda estava verde espere amadurecer o efeito é mais duradouro nervuras secas contém sangue frio e apontam o caminho de volta ao asteroíde do príncipe onde a rosa quer sair da redoma os baobás esmagar com dedos longos nodosos velho jeito de dominar espere cair a folha macere na ferida e espere a reação caso não empole pode ir administrando lentamente um pouco a cada dia sua corrente sangüínea vai fluir melhor sem entraves do objetivo pois quando se trata de folhas nunca sabemos o destino que irão tomar a não ser cair dar húmus para outras folhas e um dia entrar em desuso na lista da extinção do imperador dos sentidos ou a classificação de um método de ensino ultrapassado