sábado, 5 de setembro de 2020

Sabiá do cerrado é invenção brasiliense?


Ele pousa pra mim nu aéreo improvisando obelisco!

Ele posa pra eu com pena apenas sem improvisação!

Ele posudo nem sabe o significado da palavra popozudo!

Ninguém sem ser do ar vai querer se arejar na poesia!

Ninguém sem ser ninguém vai querer narrar o bem!

Ninguém em outro alguém vai mandar perguntar quem!

Ela sobre flores dela sobre suas folhas seus galhos frutos sementes madeira seiva!

Ela que cheira rapé de bisavó com a elegância do pai!

Ela pluma no ar aventura de viver cuidando da cria!

Outros entrarão na sala e enfrentarão nossos olhares posições e predisposições!

Outros dados rolarão quando chamarmos nosso historiador zangado com controle pandêmico!

Outros fantasmas imporão sem a menor vergonha na cara!

Eles os passarinhos voando ou nos seus ninhos no ar ou aconchegados!

Eles os bicudinhos com seus palavreados rasteiros ainda falta muito esterco!

Eles que visitam Wordsworth perguntam ingênuos onde é sua biblioteca!

 


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