quinta-feira, 4 de junho de 2020

Sempre tratamos todos muito bem!

Eu não queria aprender a ler palavras porque havia seis anos que lia imagens confortavelmente sem nenhum problema de comunicação com nenhum dos meninos ao alcance dentro ou fora do trecho adultos também bem querido por todos os comerciantes religiosos bicheiros a reca toda até os pedintes tinham nome e eram ajudados bem mais do que pediam se não tivesse aparecido o irmão mais velho com toda a sua leitura imediata de qualquer placa talvez levasse adiante apenas as imagens e a oralidade presente aliás do oral não deu pra escapar eram muitos e maiores foi melhor ouvir o pedido de ouça a minha história fale no meu microfone no entanto sempre com parte do dia reservado para as imagens de todas as revistas catecismos tudo que era fotografado ou pintado onde fosse as imagens chegavam vinham de todos os lados São Paulo rodado passo a passo ou no colo de vovó conversando com todos indo atrás de recursos pra ajudar os outros ela dizia minha avó Filomena nunca era só pra ela ou só para os seus sempre alcançava mais alguém como num passe de mágica ela desdobrava aquele lenço amarrotado todo sujo de rapé e dizia não repara não que isto é rapé imburana e fumo é bom pra matar a sujeira do dinheiro é pouco mas vai te servir use da melhor maneira e vai com deus meu filho deus te abençoe ainda difícil de dizer pois ouvi milhões de vezes inesgotável vovó falava explicava tentava ajudar a todos um cristianismo que vi em poucos com toda a atenção voltada pro próximo pra ela cabeça pescoço e pés do frango acho que acabei escolhendo moela que era dela ou pedaço que lhe valha...

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