quinta-feira, 9 de junho de 2022

submisso


 Quando entrou apenas a pergunta como entrou congelado já não precisava da pergunta encontrou-se encantado com a presença do desconhecido ali com os olhos sorriam sem nenhum outro gesto explicitado  eram paralelas perpendiculares linhas geométricas prontos para contactos tatearam-se mutuamente sem nenhuma pressa poro a poro todas as ventosas conectaram-se calores trocados nenhuma palavra foi pronunciada no entanto ouviam-se num mantra em tom agradável a audição dos sentidos sem serem ouvidos em outras salas esotéricos elementais da natureza não se sabe ninguém viu nunca foi contado hipóteses talvez subliminares nas entrelinhas em algum conto do absurdo ou literatura fantástica surrealismo francês existencialismo dinamarquês sarcasmo escocês uma ou outra poesia iluminista só seriam possíveis em textos perguntaram-se resposta mais vontade de potência não importa queimavam-se em chama ardente do conhecimento subiam verticalmente serpentearam-se eram a cura um pro outro num pleonasmo vicioso entraram-se se descobriram totalmente desnudaram-se sem nenhum véu deixaram cair todas as máscaras nenhuma proteção nem de um lado nem de outro deram-se mais e mais encontraram-se neste encontro do imaginário da utopia mais clássica e em distopias hoje usadas apenas na tentativa de justificar o instante atual esta atualidade porém isto não afetava aquela aparição assim consideraram espelho se refletiam reflexos visão olhar como queiram ponto de vista imaginação criatividade arte do encontro criação creio!

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