terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Por cada folha não lida:


 Imagina faz força pra defecar desde pequeno outros não cagam bem mais fácil ou um meio termo meio à meio moda de meio local onde se vive e suas falas diárias assim como no ULISSES de Joyce todas as falas do lugar principalmente daqueles sem vozes falam reagem aos estímulos do poder permanecem apesar de tudo alimentam-se de clichês pra toda ordem do discurso remanescentes atávico um caldinho de talco benze na porta levanta três vezes espanta quebranto tira a lombriga dele com leite de côco no pinico branco esmaltado com as bordas azuis salpicadas de bolinhas brancas de tinta acabamento macabro um dia inteiro sentado no quintal da madrinha esperando solitária sair não pode forçar se não vai arrebentar a danada tem que sair a cabeça acho que ninguém viu cabeça porém vovó deu por satisfeita estava feita a mandinga o menino escapuliu puta livro grosso de fotografias do grande terremoto do Japão de vez em quando dávamos com ele no galinheiro da Etelvina olhávamos cada detalhe de corpo esbranquiçado de cal das paredes filme de terror gibi de terror depois mais tarde só Poe e o seu grande gato preto preso na alvenaria miando eternamente lidar com o corpo em treinamento quanto mais em forma mais tormento de quebra endorfinas naturais do corpo alimentam uma certa tranquilidade em relação a tudo... 

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