eu preciso contar uma estória para uma linda criança bem educada só não sei como começar elas não importam parecem perceber nossa melhor intenção e aprendem também a tirar do nada imagens inesquecíveis quando na tentativa de uma analogia com seus dedinhos erguidos frisam com toda a convicção como se dissessem é história a nossa estória ou já aprendi a mentir também vovô e narram com seus elementos a ação do estímulo mais usado até então morte ao dragão a serpente ao bicho papão assim como rodar peão empinar papagaio soltar balão e o politicamente hoje incorreto matar passarinhos esticam suas borrachas e enxergam através da fresta da forquilha o alvo inocente mosca náusea repetição imposta por nosso imperador bio-psico-social então conto: um dia o vovô quando era pequeno como você viu uma tartaruguinha no quintal e foi brincar com a tartaruguinha e ela escondeu a cabeça dentro do seu casco o seu vovô então esperou um pouco na sombra até que a tartaruguinha colocasse de novo a cabecinha para fora e quando a tartaruguinha pois novamente a cabecinha de fora o seu vovô pequenininho falou bem baixinho dona tartaruguinha eu quero conversar com a senhora e a tartaruguinha falou os homens não me ensinaram a conversar ainda por isto quando se aproximam escondo minha cabecinha pois os homens quando não entendem aquilo que falamos ou jogam pedras ou dizem ser aquilo que não somos o seu vovozinho então depois disto nunca mais se aproximou muito das tartaruguinhas deixando elas com suas cabecinhas de fora pastando por aí. e o neto diz: agora é minha vez: quando eu era grande como você vovô...
Um comentário:
lindo...
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