sábado, 6 de dezembro de 2014

Com o coração querendo sair das penas


Pombo de museu seu surrealismo é meu  tempestade de areia sob o mar a água da literatura quer entrar rima sobre a bigorna mais fogo no bico do fole desce a marreta sem dó ainda está longe da forma depenado no peito olho inchado desfruta de um não voar contemplação sem ouvidos para vôos alheios horizonte brasiliense deserto dos tártaros este nunca serviu de correio sem querer Buzzati, Dino é um pombo legal que vive de migalhas dos transeuntes e busca um pouco de calor nos raios do sol aquele cubo-bola lá em cima desta roda lisérgica chamada de espaço no tempo invenciones sub-humanas mapeamento qualquer cerca divisa demarcação de terras homem-municipal ser pombo aqui no distrito federal é garantia de não morrer em vôo aconchegado em suas próprias penas diante de um vazio concreto-armado modernista pra diabo sente-se aqui ao lado vou te contar uma história de gaivota performática pássaro azul triângulos sem bermudas vôo na catedral comendo pipocas de sal e de doce vermelhas e brancas histórias de um pombo altiplano, leste?           

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