sábado, 8 de fevereiro de 2014

Com pedras

Eu nunca estudei, nem jornalismo.
Eu li, até jornais.
Quantas vezes durante a leitura escapamos para outra estória?
No final era como qualquer outra coisa que você faz todos os dias durante mais de trinta anos.
Ir lá trabalhar levantar um troco.
Ter que conviver com regras partidas.
Encontrar um paralelo plausível.
Não posso convocar os indignados que foram treinados com milho.
Pássaros se acostumam com gaiolas abertas com ração dentro.
O macaco bate na letra desejada por uma banana.
Orcas se deixam treinar.
Serpentes exibicionistas.
Cachorros, por um osso.
A vida do Nelson Pessoa é cavalo.
A vida do Nelson Piquet é carro.
A vida do Nelson Prudêncio é salto.
A minha é saída.
Agente, saiu.
Guarda que lê, olha, e sai!
Polícia Legislativa.
Agente de segurança.
A bicicleta quando tocada com souplesse é um casamento perfeito entre o homem e a máquina.
Meu pai quando via um desajeitado em cima da magrela dizia olha lá parece que ele está em cima da mãe dele.
Mesmo os ases as vezes acabam desclassificados.
Tenho uma tatuagem de ferida de vacina no ombro esquerdo.
E um nariz de amanhecer em pão.  

   

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