quinta-feira, 5 de julho de 2012

Na ciclovia, ou no calçadão?

pra chegar preciso iludir o caminho
as distâncias sempre foram marcadas por obstáculos
naquela menina do olho do furacão acertei uma pedrada de estilingue
a criança que era surpreendida hoje nem no sonho é mais
quando completávamos os álbuns e cansávamos de bater bafo colávamos os restos de figurinhas nos postes
não é diferente com frases & fases
sei que quem vai comprar sabe a marca que procura
mas gosto de flanar entre boas lojas escondidas por qualquer outra semiótica pó ou caos urbano
Formas simples são úteis?
determinados grupos que hoje levam o mesmo nome para aquele modelo são menos resistentes e mais caros
não gosto da voz do megafone
só daquelas que nos assustamos juntos chegamos ao mesmo tempo e nos olhamos para conferir saímos pulando bobos no rumo da água ou ficamos em silêncio diante do movimento do bar
quem sabe um toque a mais
nossas cacholas apesar dos filtros nunca receberam pela fresta apenas a imagem desejada
muito arquivo morto na câmara escura
se você quer fazer coleção de bicicletas eu me livro até das melhores quando não tive brinquei quando tenho troco até desaparecer mas ainda tenho a foto do meu pai na aeronáutica com o rosto ainda puro e liso o mesmo olhar vazante que vejo em meus retratos
eu não me esqueci de nada ou me esqueci de tudo parece que viver é um esquecer de tudo ou estar sempre preparado para esquecer de tudo 
onde vai ferir com quê vamos curar
aquele gênio não teve uma morte digna parecem dizer ou
só que no álbum do filósofo a figurinha que carimbei 100 anos ou nascer morto tanto faz
nada vai resistir o tempo todo na linha invisível de um amanhã onde o horizonte nunca é o que dá para ver daqui!
Qual é a sua linha do horizonte?  

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

Véi, vou comprar uma bicicleta simples tipo Barra Super New Fischer, só pra dar um pedal de leve e um banquinho p/ colocar a Malu depois.

Tô aqui te lendo.

Braço.