quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Queimando vela

Pelas asas escapar no domingo sem carros escrever claro pernas tocando pé de vela mantenha a vela acesa pra embalar sinta seu corpo cortar o vento suas mãos dentro das luvas sem dedos a pegada por fora da luva sente a fita bem enrolada ela quer todos os sentidos do rolamento os aros de ar estão bem agasalhados por câmeras de boa borracha linhas alemãs amarram a capa de fora as bordas fixas nos aros de aluminium dois carrosséis giram o ar quando contatam o chão brincar de passar a roda na parede os dentes das engrenagens liberam os elos da corrente assim que são empurrados para outro que empurra na mesma intensidade uma laçada no pescoço pra tomar impulso a corrente do pescoção alguém amarrou rodinhas para serem empurradas por pininhos o banco número um do desenho internacional melhor objeto de sentar feito pelo homem recebe o gancho com precisão absoluta as sapatilhas presas nas hastes rolantes proporcionam conforto do melhor coturno meia branca sem costura italiana macia as três pegadas guiador banco pedal é só uma para um só movimento pé dá lar coluna encaixada tronco relaxado olhar de galgo cuidado pra não gozar em cima dela e cair deixa pra depois do desmonte.            

Um comentário:

  1. A caixa preta está aberta
    O vôo é livre e desimpedido
    O descarrilhar da arte faz sentido no infinito
    Além do além da arte da arte a arte existe nas nossas oficinas de sonho.
    Há devaneios que desvendam o inominável.
    Risquei um phósforo no asfalto e
    encontrei um poema anômalo
    depois do fim do fim do mundo
    ainda haverá recomeço na boca
    do cão
    do gatilho da imagem.

    Cássio Amaral.
    11/08/2011.
    P.S. FICOU LOUCA ESSA FOTO COM O TEXTO. PERFEITOS. É A BOCA DA NAOMI OU DO LANCER?

    BRAÇO NA BIZÉ E EM TODOS.
    COM DEUS.

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