quinta-feira, 16 de abril de 2009

Coloquiando

A conversa é alheia e o papel sofre
Conversa alheia papel leva
Conversa papel sofre
Só sofre com a conversa o papel
Pilhas de calhamaços de diários da câmara dos deputados
Em cima da lixeira de plástico azul
O servente lê e não entende
Escrito impresso falado para o lixo
Entra duas poltronas da inauguração de Brasília das pernas finas cobertas de napa azul tem braços abaulados em madeira de lei estão deitadas no carrinho de ferro com rodinhas de borracha seguem caladas conduzidas por Arí
Enquanto o chicão faz a leitura vou ao banheiro lavar o nariz

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